Gostaria de começar contando a vocês apenas dois exemplos da dura realidade que algumas meninas enfrentam aqui no Brasil. Soubemos de uma adolescente de 15 anos que estava grávida de seu quinto filho, mas não chegamos a conhecê-la pessoalmente. Ela mora em um vilarejo remoto, muito longe de onde estamos ou de qualquer um de nossos abrigos.
Outra menina, de 12 anos, espera seu terceiro filho, engravidada pelo próprio pai. Ela também ainda não está em nenhum de nossos abrigos.
Assim como elas, as crianças que chegam até nós têm muitos traumas e experiências horríveis no passado. Mas recentemente, ao ler o aplicativo da Bíblia, eu, Debi, me deparei com o seguinte:
“Jesus crescia em sabedoria e estatura, e em graça diante de Deus e dos homens.” Lucas 2.52
“Toda pessoa precisa de:
- Saúde cognitiva (crescer em sabedoria),
- Saúde física (crescer em estatura),
- Saúde espiritual (crescer em favor de Deus) e
- Saúde socioemocional (crescer em favor do homem).”
A BKK procura dar todas essas coisas a cada criança (e aos nossos colaboradores).
Durante este mês, a equipe nos projetos de São Luís e Parnamirim tem trabalhado com as crianças sobre o princípio da identidade e dos valores humanos, usando os versículos João 1.12 e Filipenses 3.20. Elas estão aprendendo sobre sua cidadania celestial e quem Jesus diz que elas são (filhos de Deus).
No mês passado, mencionamos um menino que tinha um comportamento muito desafiador na escola e que nossa equipe decidiu aceitá-lo. Descobrimos agora que a situação era bem mais desafiadora do que imaginamos, mas estamos felizes porque ele se integrou bem ao projeto e, passo a passo, está sendo amado e crescendo em todas as áreas!
O abrigo em Goiânia foi convidado a fazer parceria com outra organização sem fins lucrativos que havia trabalhado por cinco anos com um abrigo que fechou recentemente. A organização tem médicos, e ofereceu um pediatra especializado em bebês para visitar quinzenalmente os bebês que acolhemos.
Em Goiânia, também contamos com a ação de alguns voluntários de uma organização considerada a segunda melhor do país, que visita o abrigo todos os sábados e na maioria dos domingos para ajudar a cuidar dos bebês por algumas horas. Uma vez por mês, eles também fazem um dia especial com as crianças e os adolescentes, que gostam demais, e foi essa mesma organização que enviou um caminhãozinho carregado de bicicletas para as crianças, como mencionamos em uma newsletter anterior.
Os voluntários dessa organização nos disseram várias vezes como nossa casa é especial, e que saem de lá melhores só por terem estado em nosso abrigo. Eles nos disseram que participam de vários projetos sociais, portanto, estão qualificados para dizer o quanto o nosso é especial.
Recentemente, em um dos nossos abrigos, acolhemos um bebê que estava com pneumonia, muito magro e chorando muito. Agora, esse bebê ganhou muito peso, está mamando e dormindo bem, e está no processo para futura adoção.
Em outro dos nossos abrigos, recebemos três irmãos que já estavam em processo de retorno para a mãe, que morava em outro estado e não tinha recursos para pagar pela viagem das crianças. Quando nos inteiramos da situação, providenciamos as passagens aéreas e as crianças puderam se reunir novamente com a mãe.
Como mencionamos no último informativo, assumimos a direção de um abrigo na cidade de Artur Nogueira, que hoje acolhe seis crianças. Estamos em processo de transição administrativa, e certamente falaremos mais sobre esse lugar no futuro.
Outras notícias:
No mês passado, postamos em nossas redes sociais um vídeo no Instagram em que eu, Debi, explicava por que os cristãos deveriam adotar. Uma das razões pelas quais fizemos isso foi para incentivar os brasileiros a se mobilizarem e começarem se responsabilizar mais pelo que está acontecendo com as crianças em seu próprio país. Logo no primeiro dia em que o vídeo foi ao ar, Reinhard recebeu três mensagens de brasileiros dizendo que eles também haviam entrado no processo de adoção por causa do nosso exemplo. Talvez haja muito mais pessoas, mas acho que esse foi um sinal do Senhor para nós, porque estávamos sendo obedientes a Ele.